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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

horas inteiras




o movimento dos ponteiros de segundos
perduram entre os sorrisos falsos
sobre o piano calado
todos datam a eternidade

quem dera a velocidade dos carros
desse o compasso do tempo
preso nas celas por cordas
de minha goela seca

não há amor na revolução
há apenas retratos mudos
desbotados pela distância
e por lembranças deturpadas

quem dera essas balas do tambor
de meu revolver fossem palavras
e estourassem o vazio do tic-tac
que trago em minha cabeça

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